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Mostrando postagens de 2015

LEMBRANÇAS DO MEU PAI (em companhia de José Terra e João Guarani)

      Sexta-feira passada (18/12), à tardinha, me encontrei com José Terra e João Guarani, meus filhos, no bar/restaurante Casa da Moeda (Rua da Moeda - Recife Antigo) e a conversa rolou naturalmente sobre Mestre Biu Alfaiate, meu pai, que eles conheceram, muito bem em convívio na casa 1710 da Praça da Luz, no centro de Palmares, onde vivemos todos, em tempos diversos, na companhia dele e de Mãe Carminha.  Era dia do seu aniversário - se estivesse vivo completaria 85 anos -, e véspera do aniversário de José Terra.  Meu pai era avô e foi meio-pai deles, crianças e adolescentes.  José Terra e João Guarani viveram em Palmares, com os meus pais, até os 17, 18 anos...E vieram, depois, morar comigo, no Recife, vendo também com a mãe, Solange, em Olinda.         As minhas e as lembranças deles sobre os meus pais são sempre boas.  Pai Biu, como eles chamam, deixou marcas e referências positivas na vida deles, em Palmares, e eles têm o prazer de lembrá-lo como podemos lembrar um velho a

FESTA NA VÉSPERA DO DIA 8 DE "NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO" (PALMARES, PE)

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PRAÇA DA LUZ  (CENTRO - PALMARES - PE)  Na calçada da casa (1710), onde a gente morava,  sentada ao meu lado,  está a minha mãe (Carminha)  e, de pé, camisa aberta, boné, o meu pai (Mestre Biu Alfaiate).  Meu irmão Jamilton pode ser visto à minha direita,  também sentado, com a filha Isolda ao colo; e, por trás dele,  nosso amigo Valter Portela.   A foto é de Givanilton Mendes (dezembro, 1984)  Lembrança viva, nesta noite de hoje, de noites como a desta data, não muito distantes, em Palmares : eu me reunia, na Praça da Luz, centro da cidade, com os meus pais, meu irmão Jamilton, minhas irmãs Marinalva, Marinalda e Marly, minha companheira, os filhos pequenos José Terra e João Guarani, alguns amigos e suas companheiras, com comidas e bebidas, como se fosse motivo para festa (estávamos mesmo no dia da véspera da maior festa católica da cidade, a Festa do Dia 8 de Nossa Senhora da Conceição dos Montes), para lembrar uma noite igual a esta  em que fomos pres

AMERICANTO AMAR AMÉRICA : Segunda edição do poema-título em livro lançado no Recife (1982)

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AMERICANTO AMAR AMÉRICA (capa),  de Juareiz Correya.  A segunda edição do poema Americanto Amar América  foi lançada no Recife (PE), no ano de 1982, pela Nordestal Editora.  A capa é do artista plástico pernambucano Sílvio Malinconico, com fotografia. também na contracapa, da universitária (UFPE) paulista Sílvia Helena Levy e posfácio de Jaci Bezerra. Composição de textos por Maria do Carmo Oliveira, em forma composer, com arte-final de Jerônimo Netto e supervisão gráfica de Ednaldo Gomes de Melo, Amarino Martins, Arnaldo Tobias e Sílvio Bentzen.  Impressão e acabamento na Gráfica da Editora Massangana / Fundação Joaquim Nabuco, Recife, PE.  Livro de 80 páginas, formato 14 x 21 cms., em tiragem de 1.000 exemplares.   _____________________________________________________________ NOTA DA EDIÇÃO SOBRE "OUTROS POEMAS" :  Juareiz Correya publicou, em 1975, o livreto Americanto Amar América &  Outros Poemas, 24 páginas, impresso em tipografia (Gráf

AMERICANTO AMAR AMÉRICA : UM POEMA DE 40 ANOS

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AMERICANTO AMAR AMÉRICA (capa)  AMERICANTO AMAR  AMÉRICA  (contracapa)  AMERICANTO AMAR AMÉRICA & OUTROS POEMAS, de Juhareiz Korreya   (capa e contracapa)   - Nordestal Editora, Recife, maio, 1975.  Livreto, 24 páginas, formato 11,30 x 21 cm., composto e impresso em tipografia, na Gráfica Garcia, de Catendem PE.  Capa/fotografia : Givanilton Mendes. Contracapa : Texto de Pelópidas Soares. Tiragem : 1.000 exemplares  Estes são os dados técnicos da primeira edição do meu poema AMERICANTO AMAR AMÉRICA, lançado em livreto produzido no ano de 1975.  Neste ano de 2015 o poema completa a bela idade adulta de 40 anos de publicação. O poema é parte essencial da minha vida mas já tem vida própria, tem a sua história.  Iniciamos, a partir desta postagem, alguns registros necessários para que os leitores conheçam a biografia deste poema, a partir dos  tempos heróicos da produção tipográfica até os dias de hoje, quando já mereceu uma produção eletrônica

"MÃE CARMINHA" DA PRAÇA DA LUZ (PALMARES)

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"Mãe Carminha" e  o autor, seu primeiro filho.  No canto direito da foto, Marinalda (perfil),    a terceira filha;  e, em segundo plano, aparecem  Gustavo, à esquerda,  filho de Marinalda,  e Mayara, de costas,  filha de Marly, a irmã  mais nova do autor.       Nascida no ano de 1924, neste mês de novembro, se estivesse viva, Maria do Carmo Barbosa Correia (nossa MÃE CARMINHA) completaria 91 anos de idade.  Veio ao mundo no Sítio Abreu, do distrito de Santo Antonio das Trempes (hoje, Santo Antonio dos Palmares).  Era filha de Pai Dedé (José) e de Mãe Lica (Olímpia), irmã de uns 10 irmãos e irmãs também nascidos no Sítio Abreu.       A jovem Carminha foi morar na cidade, no centro de Palmares, onde, pouco tempo depois, namorou, noivou e casou com o alfaiate alagoano (de Porto Calvo) José Benedito Correia, que trabalhava na Alfaiataria Santos, cujo proprietário - Oscar Santos -, chegou a ser vice-prefeito do município dos Palmares.         Sou

MARIA DE LOURDES HORTAS

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MARIA DE LOURDES HORTAS   Não é o olhar verdeazul do seu mar   Nem é o olhar castanho da sua terra  A poetisa vê a Vida   Com os seus olhos de poema   JUAREIZ CORREYA  (Recife, 2/outubro/2015) 

PEQUENAS HISTÓRIAS PEQUENAS : "O ERRO DA PALAVRA CERTA"

     O escritor era tão perfeccionista que jamais publicou, em sua vida de 79 anos, uma única página que escreveu.         Todos os dias ele revisava retocava emendava suprimia refazia jogava fora capítulos, trechos, parágrafos, frases, falas, estrofes, versos, palavras e até sílabas que não o satisfaziam e permaneceram para sempre inéditas e impublicáveis em sua busca insana pela criação perfeita.     _______________________________________  Do ebook inédito   PEQUENAS HISTÓRIAS PEQUENAS,  a ser lançado, neste mês de setembro,  na Panamerica Livraria   (http://www.panamericalivraria.com.br) 

HERMILO E O MEU CORAÇÃO

     Ontem, no final da tarde, fui ao consultório do meu cardiologista.  Ele me acompanha e orienta o meu tratamento desde o enfarte que sofri em junho do ano 2000.  Me recebeu com a boa vontade de sempre, o mesmo bom humor e tratamento fraterno.  E foi logo me repreendendo :      - Que sumiço foi esse ?  Você esteve aqui em 2012 !...   É muito tempo, meu amigo...      Me desculpei como pude mas valeu a advertência, reforçada quando nos despedimos e ele voltou a me cobrar, pedindo que me consultasse, com ele, pelo menos uma vez por ano. Assumi meu erro e prometi me corrigir.        No mais, tudo certo : com os exames à mão, me deu um novo parecer cardiológico, informando, para a minha segurança, que o meu coração está bem, e que eu devo seguir com os mesmos cuidados que tenho com a medicação, a alimentação e vivendo do meu jeito a vida renascida há 15 anos.        Me deu até vontade de tomar um porre (não bebo álcool há uns 5 anos...) quando saí do consultório do meu jovem

HERMILO BORBA FILHO : Faltam dois anos para Um Século !

     Neste mês de julho / 2015, o escritor pernambucano Hermilo Borba Filho, nascido em Palmares, no dia 8 de julho / 1917, completa o seu 98o. aniversário de nascimento. Faleceu no Recife, em junho de 1976, e, em sua homenagem,  a sua cidade natal criou a Fundação Casa da Cultura Hermilo Borba Filho (1983) e o Recife criou o Centro de Formação e Pesquisa das Artes Cênicas Apolo - Hermilo (1988).        Escritor  fecundo, de projeção nacional e internacional, publicou mais de 30 livros (estudos, biografias, ensaios, teatro, romances, contos, novelas), deixou ainda alguns títulos inéditos prontos para publicação e uma expressiva produção jornalística dispersa em jornais e revistas do seu tempo.        Em Pernambuco, Palmares e o Recife devem realizar um amplo projeto editorial e cultural - publicação  e reedição de livros, do escritor e sobre o escritor, palestras, debates, concursos,  exposições artísticas, montagens teatrais, exibições vídeo-cinematográficas - que evidencia

PEQUENAS HISTÓRIAS PEQUENAS : "O DUBLÊ"

Era sempre o outro nas cenas de real perigo. Morria algumas vezes nos filmes.  Um dia atirou na própria cabeça. Saiu de cena. Era ele mesmo.  _______________________________________  Do ebook inédito  PEQUENAS HISTÓRIAS PEQUENAS (a ser lançado em setembro / 2015)

POETAS DOS PALMARES : livro eletrônico em homenagem ao Escritor e à Fundação Hermilo Borba Filho

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Projeto da capa da edição eletrônica  da antologia POETAS DOS PALMARES  (Fotos de Jaudiano Santos /  Arte de João Guarani)        A edição eletrônica da antologia POETAS DOS PALMARES está reprogramada para lançamento no próximo mês de julho, em homenagem aos aniversários do Escritor patrono (98 anos) e da Fundação Casa da Cultura Hermilo Borba Filho (32 anos).  Revista e aumentada, a 4a. edição da antologia POETAS DOS PALMARES, organizada por Juareiz Correya, com introdução de Hermilo Borba Filho, será lançada pelo selo editorial Ebooks Panamerica, da Panamerica Nordestal Editora  (Recife, PE).  Em um arquivo de quase 600 páginas, o ebook apresentará todos os textos publicados na terceira edição impressa, do ano de 2002, e contará com o acréscimo de uma quarta parte (Palmares 2000 / 2015), onde serão apresentados textos de mais 40 novos e novíssimos poetas da cidade.        A editora convidou a Prefeitura Municipal dos Palmares e a Fundação Casa da Cultura H

LUAS DO RECIFE

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MAIO DE 2015 : 120o. ANIVERSÁRIO DE NASCIMENTO DO POETA ASCENSO FERREIRA

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ASCENSO FERREIRA  (Recife, PE, década de 1940)      O poeta pernambucano Ascenso Ferreira, neste dia 9 de maio de 2015, completa o seu 120o. Aniversário de Nascimento e está mais vivo do que nunca, no seu Estado, sobretudo no Recife e em Palmares, sua cidade natal.  Ele se encantou há exatos 50 anos (maio de 1965). e ficou na sua terra, no Nordeste Brasileiro, fazendo milagres com a sua telúrica poesia.           Na capital pernambucana, o SESC Santa Rita, com o seu produtivo Laboratório de Autoria Literária Ascenso Ferreira, promove, hoje, na Livraria Cultura (Paço da Alfândega, Recife Antigo), às 19 horas, o evento CELEBRANDO ASCENSO, com o lançamento da revista online "Ascenso, minha língua", que divulgará conteúdos sobre o poeta, além de artigos que abordam a Literatura, quadrinhos, cinema e arte pernambucana e brasileira.  Em seguida, três premiados escritores pernambucanos - Everardo Norões, Débora Ferraz e Samarone Lima, mediados pelo jornalista

PEQUENAS HISTÓRIAS REAIS : "UMA BOA IDEIA !"

     Encontro, na Comissão do Centenário de Paulo Cavalcanti, reunida na CEPE, o amigo livreiro Tarcísio Pereira, figura lendária dos tempos da Livro 7, a sua livraria na Rua 7 de Setembro, centro do Recife.  Ele integra a Comissão, formada por outras boas figuras recifenses, a exemplo da Dra. Magnólia Cavalcanti, filha do homenageado (só para citar outro nome, entre uma dezena de nomes destacados do meio cultural pernambucano).  Com o andamento dos trabalhos, entre outros projetos, o presidente da CEPE, jornalista Ricardo Leitão, me apresentou como idealizador de um,  que será desenvolvido no portal da Editora, destacando importantes personalidades pernambucanas - um arquivo de CENTENÁRIOS DE PERNAMBUCO -, a exemplo de Paulo Cavalcanti, Naíde Teodósio, Pelópidas Silveira e Celina de Holanda, com os seus centenários de nascimento comemorados neste ano de 2015.      Imediatamente, me encarando e meio sorridente, Tarcísio Pereira deu a sua opinião :      - A ideia é tão boa que

UM GOLPE NA MEMÓRIA (Palmares, abril de 1964)

À memória de Gregório Bezerra,  o "agitador comunista" perseguido.  Em um horizonte perdido na rua,  a alguns metros da Praça  onde a gente estava  - um pequeno grupo de garotos -,  soldados cercaram uma casa  e se posicionaram contra todas as pessoas que transitavam   e engatilharam seus fuzis e metralhadoras   numa operação de guerra   para prender um único "agitador comunista"  que ameaçava a Ordem deles.  De repente, sem Progresso nenhum,  o horizonte ficou fardado de verde  tapando e inutilizando o sol da tarde   (como um prisioneiro sequestrado)  e a alegria dos nossos olhos infantis.     E naquele dia  a Praça já não era mais "da Luz"  o perseguido não foi encontrado  o Exército não era de nada   Palmares nunca foi uma Moscou  e aquela quartelada de Primeiro de Abril  - uma mentira que poderia não existir mais no Dia 2 -,  sem ter assustado a nossa infância,  condenou nossas juventudes e futuros  a uma longa noite

"PEQUENAS HISTÓRIAS PEQUENAS" : O ANALFABETO E A BUROCRACIA

     O ofício - na verdade, um bilhete garranchado de 5 linhas quase indecifráveis -, assim que chegou ao birou de MM de Melo, secretário de cultura da cidade, foi despachado, para providências do Departamento de Praças e Jardins.        Quase 3 meses depois, o bilhete de Amaro do Coco, transformado em um documento  com mais 7 folhas de comunicações digitadas e carimbadas e assinadas por competentes funcionários de diversos setores da Prefeitura, voltou ao birou de MM de Melo.  Tinha tudo quanto era autorização, menos providência.  O secretário MM de Melo devia assinar aquele protocolo de novo para que Amaro do Coco pudesse instalar sua barraca na Praça do Largo da Paz, no bairro de Afogados.        MM de Melo não escondeu a indignação com uma sonora "que merda é essa ?!!!" diante daquela papelada . Uma "papelada" da Prefeitura, reconhecia.  Pediu um carro oficial e foi na  mesma hora à Praça do Largo  da Paz para dar, pessoalmente, providência ao pedido d

PARA OS POETAS DO RECIFE

Dedicado às vidas   de Marconi Notaro e Marciano Lírio  "O Recife tem mais poetas  do que postes pra cachorro mijar",  poetizava Marconi Notaro,  como se a mesa do bar  fosse uma cátedra.    O poeta escreveu pouco  sobre a nossa república atlântica tupi-guarani - mais poética que filosófica  -,  que cantamos sem Música  e pensamos sem Grécias e estudos metidos a grandezas sem Ser.    Em sua companhia,  eu e Marciano Lírio   e Lea Tereza Lopes e Luíza Russo e Sônia Montenegro  bebemos mais do que comemos   e instituímos a Liberdade   nas mesas do Casarão 7 do Mustang do Savoy  de qualquer bar, à luz do dia,   como se fosse a hora   de invadir a Cidade   e salvá-la do Medo e da Decadência   que a Ditadura Militar estendia sobre o País   como uma noite de terror sem fim.    A Poesia nos irmanava  e alegrava os nossos corações  repartidos em versos  de guardanapos papéis rasgados  cópias xerográficas panfletos folhetos  que serviam para elevar

Os Inimigos da Democracia

                                         Dedicado ao Partido da Imprensa Golpista                 e à Oposição Política ao Povo.  Os Inimigos da Democracia   Não amam o Povo.  Se armam contra o Povo  E marcham nas ruas sobre  o Povo.  Não sabem o que é a vontade popular   Desrespeitam e vetam o Voto da maioria   E querem fazer valer à força  A vontade cega de uma minoria vencida.    Os Inimigos da Democracia   Negam  as Leis os Direitos a Constituição   E a Paz Humana da Nação.    Querem o fim da instituição do Governo  E a ascensão do Desgoverno   Que assalta sequestra viola e mata  À luz do dia e a qualquer hora  Tudo o que o Povo constrói  Com o sagrado sonho nas mãos e no coração.     Os Inimigos da Democracia  Rasgam a Bandeira da Pátria   Com a Ira da Desordem  E o Desejo do Regresso  Ao tempo de terror de golpes  De ditaduras tirânicas   Contra o Povo sem o Povo  E para que o Povo não exista mais.    JUAREIZ CORREYA  (Recife, fevereir

ABC da Petrobras e do Pro-Álcool

O que faz um País pobre  (Com alguma riqueza)  A explorar   outros países pobres vizinhos ?  - Papel de rico explorador.      O que faz um País pobre   Com a própria riqueza  Inexplorada  Diante de países ricos ?  - Papel de pobre a ser explorado.       (Recife, março / 2007)