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Mostrando postagens de fevereiro, 2013

PASSAGEIRO RECIFE (Vila da Sudene - Conde da Boa Vista)

Um rio apodrece o seu passado Com peixes inutilizados para os homens  Caros esgotos urbanos  E a diluída arquitetura  Dos edifícios do Recife Antigo.  Do outro lado, no Alfândega, Um poeta contempla todos os tempos E reconstrói  A paisagem lírica da cidade.       Juareiz Correya (Recife, 28/fevereiro/2013)

ANTES DE AMANHECER O DIA

Minha mulher parece Uma menina feliz  Cavalgando o seu sonho E amanhece a noite Antes de amanhecer o dia (Recife, janeiro de 2013)

PEQUENAS HISTÓRIAS REAIS : "GERAÇÃO 69"

     Digo sempre, meio levando para o deboche (e com a saudável irreverência dos palmarenses), que sou de uma "Geração 69" de escritores e artistas pernambucanos.  Isto é dito quando alguém tenta me confundir como integrante da chamada Geração 65 de escritores pernambucanos, lançada, no Recife, pelo poeta, crítico e professor César Leal e batizada, no Diário de Pernambuco, pelo historiador Tadeu Rocha. Sou amigo e admirador de alguns desses escritores mas "nasci" depois e cheguei em outro tempo ao Recife.       É fato. Posso dizer que, em matéria de literatura, mais particularmente de criação poética, e, ao mesmo tempo, de consciência política e social, eu nasci em 1969, aos 17 anos de idade, em Palmares, minha cidade natal, na região Mata Sul de Pernambuco.  Nasci e fui batizado logo : preso em 19 de setembro, exatamente no dia em que completei 18 anos de idade, fui trazido de Palmares, para o Recife, por policiais do Estado, para ficar detido no DOPS, pelo