RECIFE OLINDA
no ônibus um bólide urbano (juridicamente pobre) trafega insensível uma rica humanidade : caras de paisagem corpos em casa emoções comportadas um mundo de ninguém assaltos imaginários realidades subtraídas medos insondáveis taras de bolso avenidas de luxúrias ruas frustradas praças fantasmas e duas cidades flor e fruto homem e mulher que não vão nem vêm fim da linha memória atropelada estação sem futuro. ___________________________________ Transcrito do livro POESIA DO MESMO SANGUE, de José Terra & Juareiz Correya - Panamérica Nordestal Editora, Recife, PE, 2007.