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Mostrando postagens de 2013

EU E OUTROS "JUAREZ CORREIA" (3)

(continua)...................................................................... "Destaquei, das primeiras páginas do Google, inicialmente, esta seleçãode 70 "xarás" que passam a ser, a partir desta publicação, naturalmente, meus companheiros de identidade : Juarez Correia "Amorim Filho"  (Taxista, Maceió, AL) Juarez Correia "Barbosa" (Advogado, Ceará / ver www.advocatus.com.br) Juarez Correia  (Coordenador de operações de linha férrea /   Americana, SP) Juarez Correia "Félix"  (São Paulo, SP) Juarez Correia "Neto" (Universitário / Faculdade Metropolitana,   Porto Velho, RO) Juarez Correia "Simões" (Boina Azul da ONU) Juarez Correia "de Azevedo" (Proprietário do Engenho Paraná /  Aliança, PE) "José" Juarez Correia  (Blog do Juares) Juarez Correia "de Oliveira" (Fotógrafo / Álbum PICASA) Juarez Correia "Gomes Junior"  (Advogado / Recife, PE)

EU E OUTROS "JUAREZ CORREIA" (2)

"(...) Destaquei, das primeiras páginas do Google, inicialmente, esta seleção de 70 "xarás" que passam a ser, a partir desta publicação, naturalmente, meus companheiros de identidade " : ............................................................................................... "Carlos" Juarez Corrêa (http://carlosjuarezcorrea.blogspot.com) Juarez Correia   (Cantor, MPB / Curitiba, PR) Juarez Correia  (Rede Sonico / São Paulo, SP) Juarez Correia "da Silva"  (Jardim Alegria, Francisco Morato, SP) Juarez Corrêa "da Silveira" (VIII Encontro de Periodontia Professor Juarez Corrêa da Silveira /  Hotel Ouro Minas, Belo Horizonte, MG) Juarez Correia "de Araújo" (Empresário, fazendeiro / Fazenda Oásis, Gravatá, PE) Juarez Correia "Lins" (Estudante  / Coruripe, AL) Juarez Correia "Ribeiro" (Rotary Club, Itabuna-Sul, BA) Juarez Correia "da Silva" (Estofador / Nova Igu

EU E OUTROS "JUAREZ CORREIA"

     Meu nome é Juarez Barbosa Correia, nascido em Palmares (PE), em setembro de 1951, filho de pai alagoano - José Benedito Correia  - e de mãe pernambucana - Maria do Carmo Barbosa Correia . Publiquei os meus primeiros trabalhos (um livro sem título, em São Paulo, 1971, assinei uma coluna de arte no Diário do Grande ABC, de Santo André, SP, e  uma antologia, POETAS DE PALMARES, 1973, na minha cidade natal) com o nome Juarez Correia e, a partir de 1975, passei a assinar o que escrevia e publicava desta forma : Juhareiz Correya, depois, simplesmente,  Juareiz Correya.         A minha intenção, ao mudar a grafia do meu nome, cuja pronúncia é a mesma do nome de batismo, era apenas para criar uma grafia diferente, mais artística ?, não tão comum, funcionando como uma espécie de pseudônimo... Só isto. Mas, na verdade, consegui fazer muito mais do que simplesmente mudar a grafia do nome.          Em pesquisa recente no Google, verifiquei que o nome Juarez Correia tem 1.500.000 r

O SONHO DA CIDADE DE LUIZ DE MIRANDA

Indiferente à vida do poeta ("Importante é a sua obra", dizem os práticos contemporâneos), a cidade sonha mais do que ele a glória que nenhum gaúcho lhe deu : um prêmio internacional, maior entre todos, que poderá ser também o primeiro do Brasil. É glória da terra pra ninguém botar defeito, tchê ! Pois nenhum Estado brasileiro tem um Nobel de Literatura para orgulhar a sua Cultura ! Mas ninguém quer saber onde mora o poeta (que poderá ser uma referência turística na cidade) nem como vive nem do que vive... Ninguém em Porto Alegre sabe, nem quer saber!, que o poeta não tem emprego, nem lugar onde morar, onde comer e dormir. Não há notícia no mundo de um Prêmio Nobel que vive de esmola de amigos esquecido e marginalizado pelas instituições e governos que bajularão de Última Hora a sua companhia e a contemporaneidade da sua fama. Mas não esqueçam : O NOBEL É NOSSO !  E uma cidade que tem um Nobel de Literatura é auto-suficiente  bastante

BIENAL EM SALVADOR E VOZES DA TERRA : NOTÍCIAS DE FRANKLIN MAXADO

     O poeta, jornalista e estudioso de literatura de cordel Franklin Maxado, meu amigo de longa data, desde a década de 1980, do tempo em que ele trabalhava na sucursal paulistana do jornal CIDADE DE SANTOS, encamnhou email (13/novembro) com convite "para minha apresentação, sexta-feira, dia 15 (amanhã), às 19 horas, na BIENAL DO LIVRO em Salvador, onde me encontro diariamente com a minha banca de cordel e xilogravuras e meu livro O QUE É O CORDEL NA LITERATURA POPULAR.         Em Feira de Santana (terra natal do poeta), estarei cantando dia 27 próximo no FESTIVAL VOZES DA TERRA, no Centro de Cultura Amélio Amorim, a música " O Nordeste Agora Vai".  E, relatando minhas atividades, dia 11 de dezembro, encerro o ciclo de Leituras Públicas, às 17 horas, no Gabinete Português de Leitura, em Salvador.        Abraços, Franklin Maxado."        Continua na estrada o meu amigo, bom poeta baiano Franklin Maxado, fazendo o que sabe muito bem fazer : divulgand

CORAÇÃO PORTÁTIL : "OUTEMBRO"

setembro é tão determinador   de novembro e dezembro   que outubro  deveria se chamar  OUTEMBRO  (Do ebook CORAÇÃO PORTÁTIL,4a. edição,  a ser lançado pela Panamerica Nordestal Editora) 

SETEMBROS DE LIVROS IMPRESSOS, ELETRÔNICOS, E DE LIVRARIA VIRTUAL

     Neste setembro de 2013 alcanço a boa idade de 62 anos, com 43 destes dedicados a minha pequena poesia e um tempo um pouco menor dedicado a publicação de livros, desde a minha primeira experiência editorial no ano de 1971, quando publiquei o meu primeiro título (aliás, um livro sem título, apenas com o meu nome - juarez b. correia -  na capa toda branca, em São Paulo, SP) em sacrificada edição do autor.  De volta a Pernambuco, em 1973, uma experiência ainda mais comprometida com o livro concretizada com a criação da Editora Palmares na minha cidade natal (Palmares, PE) e a publicação de um único título : a antologia POETAS DOS PALMARES.  Além dessa atividade, me vi motivado pela música popular, à frente de de um pequeno festival promovido ainda em Palmares, uma parceria autoral com o compositor pernambucano, de Pesqueira, Paulo Diniz, resultando em algumas canções gravadas e uma pioneira Cantoria da Música Nordestina,  que organizamos e realizamos no Recife co-produzida com a

TODOS OS SETEMBROS

Setembro não é negro  e não tem apenas  o norte-americano dia 11  para ser lembrado no mundo.  Setembro é o mês  da Carta da Terra   que os povos irmanados   escreveram e proclamaram   para a paz permanente   de todos os corações.  Setembro é mais colorido   do que as transmissões televisivas   as tintas importadas   os times de futebol   as infinitas combinações computadorizadas   os olhos a pele os pelos   as flores dos cus e das bucetas   de todas as mulheres.    Setembro explode   e não é uma bomba  um míssil teleguiado  um ataque suicida   um terrorista na multidão  Setembro explode a sua festa   como um céu nascente  de supernovas estrelas   e sóis flamejando  auroras e primaveras   amores e vidas                        JUAREIZ CORREYA                           (Olinda, 2006) 

ESTADOS UNIDOS X BRASIL

O Brasil é amigo, inimigo ou um problema para os Estados Unidos ?, quer saber o Presidente Obama. O povo brasileiro pode muito bem dizer : Os Estados Unidos são um amigo da nossa riqueza, inimigo da nossa liberdade e um problema (uma desordem) para o nosso progresso nacional. Juareiz Correya  (Boa Vista, Recife,  3 / setembro / 2013) 

CORAÇÃO PORTÁTIL : 4a. edição será publicada neste ano pela Panamerica Nordestal Editora

     Com 40 novos poemetos, a Panamerica Nordestal Editora publicará, ainda neste ano de 2013, a 4a. edição do livro CORAÇÃO PORTÁTIL, de minha autoria, que circulou em duas edições impressas (1984 e 1999) e em ebook da Emooby Pubooteca, da Ilha da Madeira, Portugal (2011).  A nova edição de CORAÇÃO PORTÁTIL será lançada pelo selo editorial Ebooks Panamerica, que iniciará, em setembro próximo, a publicação eletrônica de vários autores pernambucanos e nordestinos.      Os novos poemetos incluídos na 4a. edição de CORAÇÃO PORTÁTIL foram escritos de 2011 até os dias de hoje e alguns estão divulgados no Facebook (http://www.facebook.com/JuareizCorreya) e no Twitter  (http://twitter.com/juareizcorreya).  Estes são alguns títulos de poemetos incluídos no ebook :  onu x democracia ,  aos sobreviventes, a poesia é uma fêmea, imagens sem vida, leituras, ontens e hoje, teu mel, mensagem aos vândalos, sobre prosa e poesia, para o invencível nelson mandela, vivendo e aprendendo a viver, po

A Revista CONTINENTE e os poetas brasileiros contemporâneos

       Em pesquisa iniciada no ano passado, no Arquivo da Companhia Editora de Pernambuco - CEPE, encontrei uma rica produção poética contemporânea, publicada desde o primeiro ano (2001) de edição da Revista CONTINENTE (http://www.revistacontinente.com.br), importante periódico cultural da editora da Secretaria da Casa Civil/Governo de Pernambuco, que é responsável também pela edição do Diário Oficial de Pernambuco (http://www.cepe.com.br/diario), além de promover o lançamento de livros de jornalistas, ensaístas, historiadores, cientistas, romancistas, contistas, cronistas, poetas e dramaturgos pernambucanos.  A revista manteve, na primeira década deste Século, uma seção dedicada à Poesia que expôs, com destaque, em uma ou mais de uma página, textos poéticos de autores atuantes na cena literária de Pernambuco, do Nordeste e de outros Estados brasileiros.  Alguns desses textos já fazem parte de publicações dos diversos autores, outros foram publicados unicamente na Revista CONTIN

PARA O INVENCÍVEL NELSON MANDELA

Um homem livre  Não tem nada a temer   Não tem sequer  medo  De perder a própria vida.  A sua alma é invencível  Mesmo que o corpo seja prisioneiro  Condenado anos por injustiças   Desgraças cotidianas   Solidão entre milhões de irmãos e filhos   E limites do seu tempo de existência.                                         Juareiz Correya                         (Recife, 5 de agosto / 2013) 

MENSAGEM AOS VÂNDALOS

"A mão que afaga é a mesma que apedreja."                                 (Augusto dos Anjos) O poeta, da Eternidade, diria aos vândalos : "A mão que constrói cria, da pedra, beleza. A mão que destrói apenas apedreja."                        Juareiz Correya      (Recife, 27/junho/2013)

"LIVRO LIVRE" : É UM BEM COLETIVO OU UM BEM SEM VALOR ?

     Bibliotecas que não controlam empréstimos; leitores que são incentivados a ler, devolver ou passar adiante o que fica, gratuitamente, à disposição do público...  Em Brasília, Fortaleza e outras grandes cidades, "iniciativas parecidas ganham força", é o que informa o DIARIO DO NORDESTE (http://diariodonordeste.globo.com)      Todo esse "bem coletivo" inventado  é mesmo um grande desperdício.  Não valoriza o livro e não incentiva, para valer,  leitor nenhum...É só uma prova de que O LIVRO, impresso e caro, está a cada novo dia perdendo o seu valor. As bibliotecas não atualizam os seus acervos, não compram e valorizam livros  de editoras e de autores locais, e as poucas livrarias, também com essa receita, estão fechando e desaparecendo...      O LIVRO, impresso ou digital, é um bem imprescindível para qualquer cidadão.  Mas devidamente valorizado.  "Livro livre", de graça, distribuído a torto e a direito como um produto qualquer, não tem mesmo o

TEU MEL

Mel da tua pele  Macio corpo   Mel do teu rosto   Cabelos soltos  Mel dos teus olhos   Folhas castanhas  Mel da tua boca   Palavras puras   Mel do teu sexo   Mais doce mel   (Recife, março / 2013)

ONTENS E HOJE

                         para Giovanna. Há muitos ontens Tu só me vias  E eu nem sabia Que existias. Hoje eu só te vejo E se não te vejo  Não nasce o dia.   Juareiz Correya (Recife, junho 2013)

INFERNO DO RECIFE

Fechou-se o tempo. Abriu-se o mar do céu.  O Recife é um arquipélago submerso. Continente perdido, terra de ninguém. Chove na cidade inteira : Mais fodida do que a sua gente.  A chuva não é um prazer, um gozo cósmico. E não fecundará nada.  Mergulhamos no Inferno do Inverno ! Juareiz Correya (Recife, 5 de junho/2013)

MENSAJE DE LOS QUE VAN A MORIR, de Juareiz Correya (Tradução de Héctor Pellizzi)

Señores del Mundo, hermanos de la Guerra,  dioses del Holocausto, poderosos proprietarios del Arsenal Atômico que apagará los milênios y destruirá la Tierra cien veces ! Gobernantes,  bestias-feras suicidas,  con sus Estados Unidos, sus Rusias, sus Chinas,  sus Organizadas Naciones Unidas : el Apocalipsis no tiene dia seguinte, y para que todas las vidas de la Tierra - al alcance de sus maquinaciones - sean destruidas, basta programar el Fin Nuclear  UNA UNICA VEZ. ______________________________________________ Tradução do poema "Mensagem dos que vão morrer", de Juareiz Correya, publicado no livro  AMERICANTO AMAR AMÉRICA E OUTROS POEMAS DO SÉCULO 20 - Panamerica Nordestal Editora, Recife, PE, 2010

CORAÇÃO PORTÁTIL : "ABISSAL"

"é tão curta a distância entre o sim e o não..." (Bertolt Brecht)       não existe nenhuma distância entre o sim e o não, o direito e o esquerdo, o sagrado e o profano, o dia e a noite, a vida e a morte. e por que esse abismo  entre o homem e a mulher, ricos e pobres, Deus e o Diabo, Céu e Terra,  Existência e Eternidade ?         (Do ebook CORAÇÃO PORTÁTIL, de Juareiz Correya  - Emooby Pubooteca, Portugal, 2011)     

A ÁRVORE DA POESIA (conto)

Para o Espaço Pasárgada, do Recife      Manuel plantou a amendoeira na beira do rio com as suas mãos de criança.  Todos os dias saía da Rua da União e ia vê-la crescer.  A sua primeira contemplação era ela.  Depois as brincadeiras.       Os meses se passaram e vieram uns homens da Prefeitura com desenhos, papéis indecifráveis, aparelhos estrangeiros, uma máquina com um tripé que não era um lambe-lambe, e começou a surgir, e surgiu, a ponte.  Do outro lado, o Teatro Santa Isabel aguardava os que faziam a travessia da Rua da Aurora.       A amendoeira cresceu e ficou maior do que o casarão da esquina da Rua da Aurora com a Princesa Isabel.  Derrubaram o casarão, ergueram um edifício azul, para instalação da Secretaria de Segurança Pública da cidade, e a amendoeira continuou crescendo e ficou do mesmo tamanho do edifício azul.       Manuel já vivia outras aventuras mas sem esquecer a sua amendoeira. E um dia resolveu se mudar para o Rio de Janeiro.  Para os seus sonhos o Rio

Minha poesia publicada na Internet : "Coração Portátil", "60 Setembros", "Americanto Amar América"

     Em março de 2011 tive a alegria de acessar/ler o meu pequeno livro de poesia - CORAÇÃO PORTÁTIL - publicado em formato virtual (EPUB) pela Editorial Emooby Pubooteca, da Ilha da Madeira - Portugal ( http://www.emooby.com )   Desde esse tempo o ebook CORAÇÃO PORTÁTIL circula na Internet ao alcance - basta um clique - de leitores do Brasil e de países da América e da Europa distribuído em livrarias especializadas em publicações eletrônicas.        Ainda em setembro de 2011 publiquei, pela Panamerica Nordestal Editora, do Recife, PE, o ebook de poesia 60 SETEMBROS (PDF), para assinalar a passagem dos meus 60 anos de idade, e produzido para presentear meus amigos e amigas internautas, em contato direto via Gmail e Facebook.  Distribuí mais de 800 unidades desse ebook, gratuitamente, e ainda o envio para qualquer internauta interessado : basta encaminhar um simples pedido para o email jcpanamerica21@gmail.com      Agora, neste ano de 2013, lançarei o meu terceiro ebook :

NOVOS POEMAS DO SÉCULO 21 : "CANTO O QUE TE CONTO"

Para que Prosa  se eu tenho Poesia ? Para que Análise  se me interessa a Síntese ? Mas em alguns momentos preciso de outros ritmos  a música indistinta  de uma conversa  um relato  uma confissão  uma frase solta apenas  que não me revele em cena  que te retrate talvez... Todo verso tem uma história  mas nem toda história  se condensa em um verso.  Por isso canto em verso a história que prosa é.  JUAREIZ CORREYA (Recife, março 2013)

TEU NOME, GIOVANNA

Teu nome é mais Do que uma juventude de meio século E agrada a minha boca como o teu sexo   Quando te pronuncio O sangue se aquece   E inunda melhor o meu coração Escrevo desenho revelo a tua identidade   Com a emoção de quem descobre Uma palavra mágica   E nunca dita antes   Imemorial e eterna   Teu nome não é só o teu nome   Nascido com a tua vida   Existe além da sua fêmea tradução Carne da minha carne Corpo do meu corpo Mulher amorosa dentro de mim Animando a minha alma.     Juareiz Correya (Recife, 2013)  

PASSAGEIRO RECIFE (Vila da Sudene - Conde da Boa Vista)

Um rio apodrece o seu passado Com peixes inutilizados para os homens  Caros esgotos urbanos  E a diluída arquitetura  Dos edifícios do Recife Antigo.  Do outro lado, no Alfândega, Um poeta contempla todos os tempos E reconstrói  A paisagem lírica da cidade.       Juareiz Correya (Recife, 28/fevereiro/2013)

ANTES DE AMANHECER O DIA

Minha mulher parece Uma menina feliz  Cavalgando o seu sonho E amanhece a noite Antes de amanhecer o dia (Recife, janeiro de 2013)

PEQUENAS HISTÓRIAS REAIS : "GERAÇÃO 69"

     Digo sempre, meio levando para o deboche (e com a saudável irreverência dos palmarenses), que sou de uma "Geração 69" de escritores e artistas pernambucanos.  Isto é dito quando alguém tenta me confundir como integrante da chamada Geração 65 de escritores pernambucanos, lançada, no Recife, pelo poeta, crítico e professor César Leal e batizada, no Diário de Pernambuco, pelo historiador Tadeu Rocha. Sou amigo e admirador de alguns desses escritores mas "nasci" depois e cheguei em outro tempo ao Recife.       É fato. Posso dizer que, em matéria de literatura, mais particularmente de criação poética, e, ao mesmo tempo, de consciência política e social, eu nasci em 1969, aos 17 anos de idade, em Palmares, minha cidade natal, na região Mata Sul de Pernambuco.  Nasci e fui batizado logo : preso em 19 de setembro, exatamente no dia em que completei 18 anos de idade, fui trazido de Palmares, para o Recife, por policiais do Estado, para ficar detido no DOPS, pelo

PEQUENAS HISTÓRIAS DE ATLÂNTICA : "A GERAÇÃO DO SANGUE" (segunda parte)

     Quando se tornou um rapazote, José Genésio não quis mais acompanhar o pai à feira do Engenho  Bom Destino.  Nem se interessou pela promessa dele de um dia irem a Trombetas.  O que lhe interessava era cuidar mais das plantações do pai, pescar no riacho, melhorar a casa, que já era outra - tinha crescido com um quarto maior onde ficavam o pai e a mãe, e uma cozinha de verdade, tudo feito com o modelo igual ao de uma casa que José Genésio tinha visto em Bom Destino.  Ele também construíra, ao lado da casa, com a ajuda de Damião - um conhecido do sítio vizinho - um pequeno galpão para depositar as frutas do sítio do pai.  José Genésio tinha mesmo jeito para isso.       E o melhor de tudo : ele estava sempre junto da menininha que já era mais que uma menina, era uma mocinha, crescida como ele e que vivia com ele e não era  sua irmã.  Sabia disso.  E, ele soube disso melhor  quando o sangue falou, no dia em que o corpo dele agradou o corpo dela e o corpo dela agradou o dele.  Ela