YEDA BARROS (Recife - PE) TEMPO Memórias que renascem no amanhecer Lembranças das brincadeiras nas ruas do bairro, das gritarias insanas e pueris das crianças O cheiro do bolo tomando a casa e aguçando o apetite A vida que seguia tranquila, na vila, na alma Os sorrisos intermináveis, ainda os ouço com afeição dentro de mim O parque no fim de semana, com balanços, escorregadores, corridas de pega esconde O "ficar de mal", que não durava nem até a segunda risada e abraço de fraternidade O tempo... leva tudo, mas deixa cicatrizes e saudades. SOB O TEU OLHAR... Sinto-me menina, quando vejo teu olhar brincando com o meu. Não existe tempo, cronologia, racionalidade. Tudo é completo em apenas alguns segundos. Você decifra tudo o que sou, tudo que fui e serei, em apenas um olhar. Nada continua incógnito, tudo é revelado. Seu olhar desvenda tudo em mim _________________________________________________ "Nasci Yeda Maria de França Barros, desde a gestaçã
Muito importante o posicionamento, a inteligente palavra crítica do professor Marcondes Calazans sobre a desatenção, o desrespeito e o desprezo do Município dos Palmares que condenam ao esquecimento, hoje, os grandes artistas plásticos Murillo La Greca e Darel Valença Lins (Texto publicado em blog do jornal eletrônico PENOTICIA - http://www.penoticia.com.br -, dia 29/setembro/2011). Mas um pouco injusto com a Fundação Casa da Cultura Hermilo Borba Filho, que soube, nos períodos em que a administramos (de 1984 a 1987 e de 1997 a 2004), trabalhar com atenção e respeito a valorização da grandeza artística desses dois ilustres filhos palmarenses. Para começo de conversa, é bom avivar a memória e esclarecer que a instituição não apresentou ao prefeito Luís Portela de Carvalho um projeto de "museu em homenagem ao pintor palmarense Murillo La Greca", como escreve o citado professor, enfatizando o lamento de um professor da UFPE. Em seu projeto original, a Fundação Hermilo Borba Fi
Conheci o Ginásio Municipal Agamenon Magalhães, de Palmares (PE),em 1959, aos 8 anos de idade, no segundo ano do curso primário; em 1967, aos 16 anos de idade, concluí nessa escola o Curso Ginasial. Costumo dizer, em encontros com amigos, estudantes e professores, que o Ginásio Municipal dos Palmares foi a única escola da minha vida. Verdade : concluído o ginasial, estudei, no ano seguinte, no então Colégio Costa Azevedo, durante 6 meses, e deixei o Curso Técnico de Contabilidade mal iniciado porque não tinha condições de pagar as mensalidades. O abandono dos números, da ciência contábil, me fez um bem danado : eu já tinha descoberto que as palavras eram mais mágicas do que os números, no último ano do Ginásio Municipal, e mergulhei de corpo e alma no rio da poesia delas em Palmares e logo depois em São Paulo. Não sou saudosista, não suspiro pelo passado nem me alimento como um ruminante dos seus vidros moidos. Mas eu estou vivo com a minha memória, tenho condição de escre
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