ADMMAURO GOMMES : "20 ANOS SEM BENTIVI"






Manoel Bentivi,
 poeta popular de Palmares 
- Mata Sul, Pernambuco  



          Unindo versos de sua autoria ("Nesse ano dois mil e dezenove / Vinte anos faz que ele voou / A poesia daqui desmoronou / Mas seu verso ainda me comove") com uma glosa mais do que perfeita, de Manoel Bentivi, sobre este mote sobrenatural ("Eu olhei na janela do futuro / Vi o mundo sorrir do outro lado"),  o poeta Admmauro Gommes homenageia, com emocionada admiração, o aniversário da  morte de um poeta popular autêntico, referência natural da importante poesia criada na Mata Sul de Pernambuco desde os tempos de Ascenso Ferreira - também um dos mais autênticos poetas desta região, com a sua "poesia original" representativa do Modernismo Brasileiro.    

          Manoel Bentivi (também Manuel Bemtevi) é um poeta que bem representa Pernambuco na constelação da literatura popular do Nordeste (ao lado de um Zé da Luz, da Paraíba, de Zé Praxedi, do Rio Grande do Norte, de Chico Nunes, de Alagoas, e de Patativa do Assaré, do Ceará...)  Embora sem o mesmo reconhecimento destes nomes citados, quem conhece a poesia de Manoel Bentivi compreende, sem dificuldade, que ele é um legítimo companheiro de ofício dessas figuras estelares da poesia popular do Nordeste.    

          O poeta e professor universitário Admmauro Gommes  (FAMASUL - Faculdade de Formação de Professores da Mata Sul, Palmares - PE) conclui a sua homenagem póstuma com estas informações :   

          MANOEL BENTIVI nasceu no Engenho Verde, em Palmares - PE, no ano de 1911.  Autodidata, poeta de cordel e cantador de coco e embolada. Inédito por muito tempo, foi promovido em Pernambuco pelo poeta Juareiz Correya, que destacou e projetou o seu trabalho com a edição especial da Revista POESIA  (Número 3, Nordestal Editora, Recife, 1982) inteiramente dedicada ao seu nome.  Publicou o livro Desmanchando o Nordeste em Poesia (Edições Bagaço, Palmares, 1986) e deixou inédito o livro A Beleza Nordestina.  Faleceu em Joaquim Nabuco - PE, onde residiu por muito tempo, no ano de 1999.   


          (Texto de Juareiz Correya) 


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