SOBREVIVENDO NESTE SÉCULO 21 (3)

Cheguei à Urgência do HOSPITAL DE ÁVILA (Av. Visconde de Albuquerque, 681, Madalena, Recife) para uma consulta que julgava simples, talvez uma virose, e a médica de plantão foi taxativa :
- Você vai ser internado.
Eu estava com Márcia Sales - minha companheira,resistente e renitente, dizendo a toda hora que eu tinha de ir ao hospital... Na tarde do dia 10/dezembro, quando eu deveria me encaminhar para a Companhia Editora de Pernambuco, no bairro de Santo Amaro, onde trabalho, decidi, meio chateado, ir ao hospital para essa consulta que eu julgava simples...
Já era uma hora avançada da tarde quando a médica ditou a sentença da minha internação e Márcia me acompanhou até uma sala "de repouso" - na verdade era uma sala de "triagem" -, com quatro leitos (em junho desse ano eu já havia sido internado, inicialmente, nessa sala do hospital, depois numa enfermaria, com isquemia, e fui salvo, competentemente, pelo neurologista Amdore Asano, que me acompanha há dois anos).
Na sala de "triagem", ainda vazia, me foi indicado o primeiro leito, à entrada; a sala seria logo ocupada com mais três pacientes, na roda viva diária, com problemas distintos e nada parecidos com a minha crise renal(nas minhas férias, em novembro, eu estava cuidando de alguns exames para operar o rim direito, já excluso, com o Dr. Amdore Asano e com o urologista Tibério Moreno Jr. Surgiu, entre eles, um pequeno impasse sobre anticoagulantes que eu uso - "Marevan", ministrado pelo neurologista e "Somalgin Cardio", ministrado pelo meu cardiologista Hermilo Borba Neto). No tempo desse impasse, no final de novembro, quando eu deveria voltar das férias para a CEPE, essa crise renal, provocada pelo rim direito, já inativo (o esquerdo havia sido operado em julho para a retirada de cálculos), me surpreendeu e debilitou ainda mais a minha saúde.
Falaram a Márcia, no início da noite, que eu deveria ser transferido para outro hospital : resisti prontamente. No hospital onde eu estava pelo menos poderia contar com a assistência de um médico conhecido - o neurologista Amdore Asano, que já me atendia e acompanhava meu tratamento há dois anos. Isso era o suficiente para me fazer sentir seguro.
Passei dois dias na sala de "triagem", sendo medicado a todo instante, com exames de rotina intermináveis ; e muito sangue retirado, uma urina sem controle e já um abatimento físico à vista dos meus filhos, que me visitaram e segredaram sua preocupações a Márcia.
Um nefrologista me visitou - Dr. Luiz Sette - e, sorridente e alegre me deu a notícia de um tratamento ainda dífícil mas esperançoso. E eu poderia ser operado... O urologista Moacir Cavalcante Neto, depois, confirmou : se a melhora demorasse um pouco mais eu seria submetido, no sábado (dia 12), a um catéter, para neutralizar e superar o problema do rim direito que já ameaçava gravemente o funcionamento do rim esquerdo.
Fui encaminhado, no sábado de manhã, para a Enfermaria 10 do hospital, já certo da operação do catéter no rim direito. O urologista Moacir Cavalcante Neto veio ao leito onde eu estava :
- Vou acertar tudo com o seu plano para o procedimento na terça-feira (dia 15), às 15 horas. Vai dar tudo certo.
A juventude e o profissionalismo do urologista me animaram. Daria certo, sim.
Antes, ainda na sala de "triagem", o nefrologista Luiz Sette fez questão de me confidenciar : eu deveria ter sido encaminhado para a UTI e e provavelmente seria submetido a Hemodiálise. Ele disse isso com um sorriso confiante : eu já havia superado esses dois problemas.

Comentários

  1. Querido Juareiz,

    Esse relato é quase uma saga!
    Estamos aqui na torcida e confiantes que você vai superar essa fase e TUDO VAI SAIR BEM.
    CONFIE SEMPRE EM SUA FORÇA.
    ABRAÇOS

    ResponderExcluir
  2. Amigo querido,

    Estamos recitando mantras para vc.
    Quando se deseja de todo coração, o universo inteiro conspira a nosso favor.
    bjs
    nena

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Poemas inéditos de Yeda Barros

ARTISTAS DE PALMARES RECONHECIDOS NO MUNDO NÃO FORAM ESQUECIDOS PELA FUNDAÇÃO CASA DA CULTURA HERMILO BORBA FILHO

"POETAS DOS PALMARES" NA INTERNET