RIO UNA (PALMARES)




da janela do hotel
vejo o rio
Una Una negro negro
refletindo verdes
terras canaviais montes


o rio se move
e as águas parecem paradas
passantes ? errantes ?
e o céu não tem
no sol da tarde
o mesmo brilho do seu leito


o rio não passa
não vai a lugar nenhum
o rio fixa-se no corpo da cidade
como um colar
enfeitado pelo seu colo
cobra coleando os limites urbanos
além do tempo
além da vida



Palmares, 12/maio/2002.


_____________________________
Transcrito do blog
POESIA VIVA DA CIDADE
(http://www.jcorreya.blog-se.com.br)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Poemas inéditos de Yeda Barros

ARTISTAS DE PALMARES RECONHECIDOS NO MUNDO NÃO FORAM ESQUECIDOS PELA FUNDAÇÃO CASA DA CULTURA HERMILO BORBA FILHO

"POETAS DOS PALMARES" NA INTERNET