UMA MORTE, UMA ETNIA EXTINTA - Carlos César Micalli Cantu

 

Índio da Terra Indígena Tanaru vivia isolado há 

mais de 22 anos (Foto FUNAI / Jornal SP Repórter) 


O último membro da etnia "Tanaru", que vivia isolado há mais de 26 anos na selva de Rondônia, foi encontrado morto, sozinho com, tão somente, os poucos pertences ao seu lado. Todos os seus irmãos de tribo haviam sido assassinados pelos vorazes madeireiros há décadas. 

Não foi, apenas, um ser humano que morreu. Foi uma etnia de milhares de anos, talvez milhões se for considerada a sua origem antes da migração para as Américas, que se extinguiu. E, assim, uma a uma, todas essas etnias indígenas vão sendo exterminadas, sob o beneplácito do branco hegemônico. É preciso repensar esse modelo de convívio  dos seres vivos entre si e que ainda não deu certo. Antes que o último venha a ser um de nós mesmos.  

Por tudo isso, e pelo pior que poderá advir, recrimino e condeno a nefasta política do governo Bolsonaro em desfavor da proteção efetiva das minorias oprimidas, simplesmente, para favorecer os interesses dos poderosos.   


São Paulo, 29.05.2022


Texto de CARLOS CÉSAR MICALLI CANTU 

publicado no blog ENGENHARIA PELA  DEMOCRACIA 

- www.engdemocracia.com.br  

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Poemas inéditos de Yeda Barros

ARTISTAS DE PALMARES RECONHECIDOS NO MUNDO NÃO FORAM ESQUECIDOS PELA FUNDAÇÃO CASA DA CULTURA HERMILO BORBA FILHO

O GINÁSIO MUNICIPAL DOS PALMARES NO CORAÇÃO DE UM ESTUDANTE