PALMARES, DEZEMBRO DE 1979 (segunda parte)

Entrei na delegacia de polícia da cidade acompanhado pelo policial civil que me vigiou, na "cela" da kombi, e vi logo o amigo Givanilton, já detido, sentado ao lado do birou do delegado, com a pequena sala cheia de policiais civis e militares. Cumprimentei Givanilton. O Delegado de Palmares usava óculos escuros e outros policiais civis também. Já era mais de meia-noite. Um dos policiais me indicou uma cadeira vazia à frente do birou do Comissário de Polícia que, de pé, me perguntou se eu tinha máquina de escrever em casa. Confirmei e ele disse que precisava da minha máquina para uma averiguação. Adiantei que procurassem o meu pai, na Praça da Luz, e informassem que eu estava pedindo a liberação da máquina de escrever. Alguns minutos depois um policial colocou a minha máquina de escrever no birou do delegado de Palmares. ...